O assunto é polêmico. Ano passado, quanto um site considerado “pornográfico” teve a segurança comprometida e foram revelados nomes de milhares de usuários. Centenas pastores estavam inscritos. A revelação custou o ministério de alguns e, em pelo menos um caso, a vida.
Uma nova pesquisa do Grupo Barna, feita nos Estados Unidos indica que 14% dos pastores mais velhos e 21% dos jovens pastores lutam contra a pornografia. O material, com o título de “The Porn Phenomenon” foi encomendado pelo Josh McDowell Ministries e pela organização Covenant Eyes, criadora de um software para “filtrar” conteúdo impróprio na internet.
Foram entrevistadas 2700 pessoas, divididas em grupos específicos que incluía diferentes faixas etárias, sendo dado atenção especial aos que são pastores ou líderes na igreja. O número de adolescentes e jovens adultos que procuram ativamente a pornografia pelo menos uma vez por mês chamam atenção: 43% dos adolescentes, 57% dos jovens de 18 a 24 anos e 45% dos entrevistados com idade entre 25 e 30.
Não são apenas os homens que admitem acessar pornografia. Cinquenta e seis por cento das mulheres com idade entre 13 e 24 anos procuram por pornografia ao menos uma vez por mês. Em contraste, são 28% das mulheres a partir de 25 anos.
Uma das conclusões do estudo é que a exposição à pornografia – tanto a acidental, quanto a intencional – aumentou. Os líderes religiosos que participaram do estudo admitiram que, assim como a maioria dos usuários da internet, já receberam e-mails não solicitados com conteúdo adulto ou viram alguma imagem dessas em janelas “pop up” que abriram sem o seu consentimento.
Pastores de jovens afirmaram que já visualizaram conteúdo sexual indesejado nas redes sociais como o Twitter ou Instagram.
A pesquisa do Instituto Barna indica que mais da metade dos pastores (57%) e 64% dos pastores de jovens que participaram do estudo disseram que já tinham lutado com a pornografia no passado ou ainda estão lutando com ela. Mais da metade (55%) deles admitiu que vive constantemente com medo de ser descoberto.
Do outro lado da questão, 41% dos cristãos adultos entendem que pastores que veem pornografia devem ser demitidos ou devem pedir demissão. Já 29% dos cristãos adultos acreditam que os pastores que assistem pornografia devem tirar uma licença e lidar diretamente com o problema.
Outros 16% afirmam que os pastores que tem o hábito de ver pornografia devem obter ajuda profissional. Apenas 5 por cento dos entrevistados dizem que nada deveria ser feito contra os pastores que veem pornografia.
O ministério Josh McDowell tratará amplamente do assunto e revelará os resultados completos deste estudo durante uma Conferência Mundial sobre o tema em abril. Foram enviados convites para 70.000 pastores dos EUA.
O pastor McDowell manifestou-se sobre o assunto. “Eu vou dizer que não há uma igreja, um líder cristão, um pastor, inclusive eu, que tenha uma resposta para isso. Nenhuma mensagem tradicional que ofereça uma solução irá funcionar.” Ele defende que “obreiros da igreja que mostrarem arrependimento devem receber apoio e acompanhamento de suas igrejas, e não serem simplesmente demitidos”. Com informações Christian Post
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