Embora viesse negando que o faria, Cunha respondeu poucas horas depois, abrindo o processo de impeachment da presidente da República Dilma Rousseff. O líder peemedebista tratou do assunto, em seu gabinete, em reuniões com deputados de PP, PSC, PMDB, DEM, PR e SD.
Ele consultou aliados e optou por acatar ao requerimento formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. Também disse que não foi uma decisão fácil e que havia recebido dezenas de pedidos anteriormente.
Curiosamente, Bicudo é um dos fundadores do PT. Seu argumento principal é que as chamadas “pedaladas fiscais” do governo em 2015 infringem a lei. Desde que começou essa série de escândalos que vem expondo esquemas de corrupção dentro das estatais e atingindo figuras importantes do partido de Dilma, se fala sobre o impedimento da presidente.
Oficialmente, o rito de impeachment será por causa das pedaladas – prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária.
Em entrevista coletiva, Cunha anunciou que será criada uma comissão especial que irá analisar o processo. “Quanto ao pedido mais comentado por vocês proferi a decisão com o acolhimento da denúncia. Ele traz a edição de decretos editados em descumprimento com a lei. Consequentemente mesmo a votação do PLN 5 não supre a irregularidade”, asseverou Cunha aos repórteres.
Ainda não se sabe como ficará o pedido de impeachment contra Cunha, que é acusado de manter contas em paraísos fiscais com dinheiro que ele tem dificuldade de explicar a origem.
O mais provável é o que país testemunhará nas próximas semanas uma verdadeira “queda de braço” política, que poderá resultar na saída tanto de Cunha quanto de Dilma. Com informações das agências
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