A Comissão de Seguridade Social e Família realizou uma audiência pública ontem, como de costume. Mas o tema da discussão gerou polêmica: debater a resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe os profissionais da área de oferecerem tratamentos para mudar homossexuais.
Essa norma é discutida desde 1999 e continua causando polêmicas entre religiosos, psicólogos e deputados. Na Câmara dos Deputados tramita o Projeto de Decreto Legislativo 234/11, do deputado João Campos (PSDB-GO) que defende o fim da resolução. A questão é debatida em audiências públicas. Ontem, os deputados Pastor Eurico (PSB-PE) e Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) fizeram declarações que acabaram irritando diferentes segmentos.
Segundo a Agência Câmara de Notícias, o debate gira em torno da suposta ideia que haja uma “cura” para a homossexualidade.
O deputado Pastor Eurico (PSB-PE) questionou a ausência, durante a audiência, de opiniões favoráveis a terapias que pretendem reverter a homossexualidade. “É preciso pensar no direito de quem quer deixar o homossexualismo”, afirmou Eurico, que não aceita ser chamado de homofóbico por defender esse direito. O parlamentar diz não ser a favor de “tratamento compulsório”, mas acredita que aqueles que buscarem tratamento “de forma voluntária” deveriam ter o direito de recebê-lo.
O deputado Pastor Marco Feliciano, por sua vez, criticou a resolução do CFP. “Índio nasce índio, não tem como mudar; negro nasce negro não tem como mudar; mas quem nasce homossexual pode mudar. Até a palavra homossexual deveria ser abolida do dicionário, já que se nasce homem ou mulher”, afirmou o deputado.
Presente no debate, o representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) Francisco Cordeiro afirmou que, desde 1990, a homossexualidade não consta mais na classificação de doenças adotada pela entidade.
“Prometer cura para o que não é doença, no caso para a homossexualidade, é charlatanismo”, questionou o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGBT), Toni Reis.
Representando o Conselho Federal de Psicologia, Ana Paula Uziel ressaltou que “O homossexualismo não pode ser considerado doença por isso não faz sentido se falar em tratamento, muito menos em cura”. Para ela, os psicólogos não poderiam prometer a cura da homossexualidade. “Fica preservada a liberdade de atuação profissional, mas essa liberdade tem limite”, ressaltou.
Também se manifestou a psicóloga cristã Rozângela Justino. Ela acusa o conselho de perseguição e discriminação. Conta que, desde 2009, foi proibida de atender pessoas que demonstrem desejo de deixar a atração pelo mesmo sexo. Ela conta que atuou na área durante 27 anos. Porém, depois de ser punida pelo conselho, deixou de exercer a profissão.
“Sou discriminada por ser evangélica. Sempre atendi pessoas com desejo de não sentir atração por pessoas do mesmo sexo”, disse.
Fonte: Gospel Prime
Essa norma é discutida desde 1999 e continua causando polêmicas entre religiosos, psicólogos e deputados. Na Câmara dos Deputados tramita o Projeto de Decreto Legislativo 234/11, do deputado João Campos (PSDB-GO) que defende o fim da resolução. A questão é debatida em audiências públicas. Ontem, os deputados Pastor Eurico (PSB-PE) e Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) fizeram declarações que acabaram irritando diferentes segmentos.
Segundo a Agência Câmara de Notícias, o debate gira em torno da suposta ideia que haja uma “cura” para a homossexualidade.
O deputado Pastor Eurico (PSB-PE) questionou a ausência, durante a audiência, de opiniões favoráveis a terapias que pretendem reverter a homossexualidade. “É preciso pensar no direito de quem quer deixar o homossexualismo”, afirmou Eurico, que não aceita ser chamado de homofóbico por defender esse direito. O parlamentar diz não ser a favor de “tratamento compulsório”, mas acredita que aqueles que buscarem tratamento “de forma voluntária” deveriam ter o direito de recebê-lo.
O deputado Pastor Marco Feliciano, por sua vez, criticou a resolução do CFP. “Índio nasce índio, não tem como mudar; negro nasce negro não tem como mudar; mas quem nasce homossexual pode mudar. Até a palavra homossexual deveria ser abolida do dicionário, já que se nasce homem ou mulher”, afirmou o deputado.
Presente no debate, o representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) Francisco Cordeiro afirmou que, desde 1990, a homossexualidade não consta mais na classificação de doenças adotada pela entidade.
“Prometer cura para o que não é doença, no caso para a homossexualidade, é charlatanismo”, questionou o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGBT), Toni Reis.
Representando o Conselho Federal de Psicologia, Ana Paula Uziel ressaltou que “O homossexualismo não pode ser considerado doença por isso não faz sentido se falar em tratamento, muito menos em cura”. Para ela, os psicólogos não poderiam prometer a cura da homossexualidade. “Fica preservada a liberdade de atuação profissional, mas essa liberdade tem limite”, ressaltou.
Também se manifestou a psicóloga cristã Rozângela Justino. Ela acusa o conselho de perseguição e discriminação. Conta que, desde 2009, foi proibida de atender pessoas que demonstrem desejo de deixar a atração pelo mesmo sexo. Ela conta que atuou na área durante 27 anos. Porém, depois de ser punida pelo conselho, deixou de exercer a profissão.
“Sou discriminada por ser evangélica. Sempre atendi pessoas com desejo de não sentir atração por pessoas do mesmo sexo”, disse.
Fonte: Gospel Prime
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