sábado, 20 de outubro de 2012

Teoria do fim do mundo gera procura por “turismo apocalíptico”


Embora os cientistas refutem a probabilidade do dia do juízo final profetizado pelos maias se concretizar este ano, as teorias apocalípticas continuam rendendo, especialmente para os descendentes dos maias. Eles têm aproveitado a oportunidade para lucrar com a interpretação de especialistas sobre o seu calendário.
Como resultado, alguns dos sítios arqueológicos mais representativos do Antigo Império Maia, cidades como Palenque, Comalcalco, Chichen Itza, Uxmal e Coba (no México) Xunantunich (Belize), Joya de Ceren (El Salvador), Tikal (Guatemala) e Copán (Honduras) – estão se preparando para um aumento de quase 10% no número de turistas visitando estes lugares até o final do ano.
Embora a maioria dos moradores interprete que isso seja apenas um “baktun” (fim de ciclo), cada país criou suas próprias atividades para atrair mais gente. Entre elas há, por exemplo, competições de surfe noturno perto das quatro pirâmides de El Salvador, que remetem aos quatro elementos da natureza: água, terra, fogo e ar.
Mais de 150 centros maias antes desconhecidos nos cinco países se tornaram mais populares do que nunca. Isso resulta em um aumento de renda significativa para essas cidades, à medida que o dia 21 de dezembro se aproxima.
Com investimento de US$ 49 milhões, o México anunciou que espera receber 52 milhões de turistas nacionais e estrangeiros e arrecadar cerca de US$ 14 bilhões. Seu programa oficial, chamado de “Mundo Maia” inclui uma série de eventos gastronômicos, arqueológicos e astronômicos. Segundo os historiadores maias, este período que em breve se encerra, começou no dia 11 de agosto de 3114 antes de Cristo. A partir do dia 22 de dezembro, terá início um novo ciclo de 144 mil dias, semelhante ao que termina.
Aparentemente, muitas pessoas demonstram interesse em verificar pessoalmente como será o “apocalipse maia”. As festividades simbólicas começam na primeira semana de dezembro em outros centros como a cidade de Tulum, Chichen Itza e Puerto del Carmen, que já recebem muitos visitantes ao longo do ano.
Por outro lado, os povos indígenas do sudeste do México temem que esse “turismo apocalíptico” afete e contamine seus locais sagrados. Organizações indígenas denunciaram sua exclusão do projeto do pacote promocional “Mundo Maia”, lançado pelo governo mexicano para atrair visitantes às zonas indígenas onde se localizam dezenas de antigas cidades.
Traduzido de Acontecer Cristiano

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